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Após prisão em Israel, ativista Thiago Ávila é libertado e vai voltar ao Brasil, diz ONG

Detido durante missão humanitária à Faixa de Gaza, Ávila foi colocado em solitária após greve de fome

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 12 de junho de 2025 às 12:07

Thiago Ávila
Thiago Ávila Crédito: Reprodução

O ativista brasileiro Thiago Ávila, que estava preso em Israel desde o último domingo (8), foi libertado nesta quinta-feira (12) e já está a caminho do Brasil. A informação foi divulgada pela coalizão internacional Freedom Flotilla, responsável por organizar a missão humanitária da qual Ávila participava.

Segundo comunicado publicado pela entidade, ele está a caminho do aeroporto. “Thiago está voltando para o Brasil. De acordo com as informações mais recentes, Thiago está a caminho do aeroporto e deve chegar ao Brasil em breve”, informou a nota. A coalizão acrescenta, porém, que Israel “ainda não permitiu que o Itamaraty e as advogadas estabelecessem contato direto” com o ativista e afirma que aguarda confirmação do retorno. “Esperamos que essa informação seja verdadeira, sem qualquer desinformação”, declarou a organização.

Thiago integrava a tripulação do Madleen, embarcação que tentou romper o bloqueio marítimo imposto por Israel à Faixa de Gaza. A bordo estavam 12 ativistas de diferentes nacionalidades, entre eles a sueca Greta Thunberg e a eurodeputada franco-palestina Rima Hassan. O barco foi interceptado por forças israelenses a cerca de 185 quilômetros da costa palestina, antes de alcançar o destino com uma carga simbólica de ajuda humanitária.

Após a interceptação, todos os integrantes da missão foram detidos. Quatro dos ativistas, incluindo Greta Thunberg, foram liberados após em um termo de deportação. Outros oito, entre eles Thiago Ávila, se recusaram a o documento. Em protesto, o brasileiro iniciou uma greve de fome, e, posteriormente, segundo sua advogada, foi colocado em uma cela solitária como forma de represália.

Na quarta-feira (11), familiares de Thiago relataram o isolamento, mencionando que a informação partiu da equipe jurídica que acompanha o caso em Israel. Poucas horas antes, havia sido comunicada a decisão das autoridades israelenses de deportar o restante dos ativistas sob novos termos.

O governo israelense classificou a ação como “uma provocação midiática com a única intenção de fazer publicidade”, minimizando a tentativa da missão de levar ajuda à população civil em Gaza.

Desde o início da guerra em outubro de 2023, o bloqueio sobre a Faixa de Gaza foi intensificado. Segundo entidades humanitárias, entre março e maio deste ano, o território palestino ficou 11 semanas sem receber qualquer assistência internacional. Israel alega que o Hamas, que controla Gaza, teria se apropriado de doações e estocado alimentos para revendê-los a preços abusivos. A ONU, por sua vez, afirma não haver provas de que a ajuda humanitária tenha sido desviada pela organização nas últimas semanas.